Caixa de texto: Fonte: REVISTA VERDE OLIVA
Brasília - DF - Ano XXVII - N.º 160 - Mar/Abr 98

REGIMENTO DEODORO

Itu-SP

  O quartel de Itu-SP, denominado Regimento Deodoro, tem suas origens no Corpo de Artilharia da Bahia, criado em 1625, durante a União Ibérica (Portugal-Espanha). Passou por sucessivas denominações e transformações ao longo de quase três séculos. Foi previsto para se instalar em Itu, por decreto de fevereiro de 1915, com a denominação de 7º Regimento de Artilharia Montada (7º RAM), a ser aquartelado no antigo e tradicional Colégio São Luiz, edifício construído em 1867, pelos padres jesuítas.

  Em 20 de janeiro de 1918, com a presença maciça da população ituana, o Pavilhão Nacional foi hasteado pela primeira vez na fachada do Quartel. O Regimento aqui se instalou com um contingente de apenas 29 homens, sob o comando do Tenente Coronel Raphael Clemente Telles Pires, sendo esta a data considerada como aniversário da Unidade.

 

  Em 1919, recebeu a denominação de 4º Regimento de Artilharia Montada (4º RAM), tendo participado da Revolução Constitucionalista de 1932.

 

 

  Em setembro de 1942, nos dias amargos da II Guerra Mundial, o 4º RAM deslocou-se via férrea até o Rio de Janeiro, com o efetivo de guerra do seu 2º Grupo. Nessa ocasião, escoltado por embarcações e aviões militares, seguiu a bordo do navio Almirante Alexandrino para a cidade de Recife-PE. Em seguida, deslocou-se para Maceió-AL, a fim de cumprir missão de guerra. O Regimento, destacado em Pontal do Coruripe e Porto de Pedras, manteve-se em condições plenas de defender o nosso território e rechaçar o inimigo estrangeiro.

 

  Cabe ainda ressaltar que militares do 2º Grupo do 4º RAM embarcaram para a Itália, integrando a Força Expedicionária Brasileira e, hoje, alguns deles ainda visitam e mantêm contato com a unidade, fazendo parte da família Deodoro.

 

  Em 1946, o 4º RAM passou a se chamar 2º Regimento de Obuses 105. Dois anos mais tarde, em 1948, recebeu a denominação histórica de Regimento Deodoro, por solicitação da própria comunidade ituana ao Presidente da República. O nome destina-se a homenagear o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, que proclamou a República, pois a cidade de Itu foi um dos berços dos pensamentos republicanos.

  O Regimento Deodoro participou ativamente da Revolução Democrática de 31 de março de 1964, deslocando-se até a cidade de Resende/RJ, onde permaneceu em condições de cumprir sua missão. Durante o ano de 1966, passou a denominar-se I/2º Regimento de Obuses 105, voltando à denominação anterior no ano seguinte.

 

 

  Em 1972, este velho Regimento, teve suas paredes centenárias estremecidas ante o peso das lagartas e a majestade do novo material que constituiria seu equipamento: o Obuseiro Autopropulsado l05mm M 108. Cinco anos mais tarde, em 1977, a Unidade recebeu a denominação de 2º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, ficando-lhe adida a 11ª Bateria de Artilharia Antiaérea.

 

  Nos anos de 1984 e 1985, comandou a Unidade o Coronel Francisco Roberto de Albuquerque, futuro Comandante do Exército Brasileiro.

 

  Em 1º de março de 2005, fruto da reestruturação da Força Terrestre, o Regimento Deodoro foi renomeado como 2º Grupo de Artilharia de Campanha Leve. Seu material passou a ser o moderno e versátil obuseiro Otto Melara, de calibre 105 mm.

  Diante de todos esses fatos históricos, pode-se afirmar o quanto é tradicional esta Unidade, tanto no ensino quanto no trabalho militar. Ao longo de sua existência, o Regimento Deodoro tem sido um celeiro na forja do caráter da juventude, que entra pelos seus portões como um aglomerado de homens e deles sai com a formação correta e distinta de Soldado do Exército Brasileiro. Inspirado pelos mais altos ideais desta cidade histórica, tem concorrido efetivamente para a Segurança Nacional, graças às atitudes patrióticas, firmes e corajosas de seus integrantes, ao longo do tempo.

 

  O 2º GAC L – Regimento Deodoro – é, atualmente, uma unidade orgânica da 11ª Brigada de Infantaria Blindada – Brigada Anhanguera. Situado na Estância Turística de Itu. Sua principal missão operacional é apoiar pelo fogo a 11ª Brigada de Infantaria Blindada. O Grupo também coopera com a Brigada na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, executando medidas preventivas e, mediante ordem, medidas repressivas de segurança integrada no seu setor de responsabilidade.

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