Bolsas de NY fecham em direções distintas, monitorando Fed e comércio global

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Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira, 16, sem direção única, após os agentes digerirem a possibilidade de um acordo comercial entre Estados Unidos e China e monitorarem discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que apontam para a chance de um aperto monetário menos intenso.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,49%, aos 25.413,22 pontos; o S&P 500 subiu 0,22%, aos 2.736,27 pontos; e o Nasdaq destoou dos demais e caiu 0,15%, aos 7.247,87 pontos. Na semana, os três indicadores apresentaram perdas: o Dow Jones cedeu 2,48%; o S&P 500 recuou 1,83% e o Nasdaq mostrou baixa de 2,49%.

Em uma sessão marcada pela volatilidade, os principais índices de ações de Nova York iniciaram o dia com leves perdas à medida que o noticiário pesado em torno do Brexit e da questão orçamentária da Itália estiveram no radar dos agentes no pregão europeu.

Além disso, temores de que o crescimento econômico americano desacelere significativamente, como ocorre em outras grandes economias, dominou as atenções dos agentes.

Esse assunto também foi alvo de comentários por dirigentes do Fed, incluindo o vice-presidente, Richard Clarida, que disse estar monitorando a questão. O presidente da distrital de Dallas do banco central, Robert Kaplan, foi mais enfático ao dizer que a economia global pode surpreender para o lado negativo em 2019, dados os riscos que se apresentam em emergentes e na Europa.

Dados econômicos recentes deixaram o cenário nublado para os investidores. Tanto a economia alemã quanto a japonesa apresentaram contração no trimestre encerrado em setembro na comparação com os três meses imediatamente anteriores, o que pesou no sentimento dos investidores.

"Estamos inclinados a um resultado negativo no curto prazo e esperamos uma desaceleração", afirmou o diretor de estratégia de ações do banco de investimentos Stifel Nicolaus, Barry Bannister. Ele disse, ainda, que a perspectiva foi moldada pelas tensões comerciais e pelas preocupações com o ritmo de elevação dos juros adotado pelo Fed.

Nesse sentido, comentários do presidente Donald Trump durante a tarde geraram alívio, após o líder americano afirmar que a China deseja um acordo comercial com os EUA. Trump se reunirá com o presidente da China, Xi Jinping, durante o G-20, em Buenos Aires. Entre as empresas que compõem o setor industrial, a ação da 3M encerrou o dia em alta de 2,00% e a da Caterpillar ganhou 0,42%.

Próxima do fim, a temporada de balanços viu os papéis da fabricante de chips Nvidia serem duramente penalizados ao despencarem 16,33%, cotados a US$ 147,00.

A empresa divulgou vendas trimestrais abaixo das expectativas dos analistas e forneceu projeções pessimistas para o trimestre atual, tornando-se a ação com pior desempenho do S&P 500 nesta sexta-feira.

O deslize da Nvidia arrastou junto ações de outras empresas de tecnologia, como Google (-0,26%), Netflix (-1,33%) e Facebook (-3,00%).

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