Carmen: há preconceito, mas Constituição vale para proteger direitos de minorias

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Após afirmar em palestra, nesta segunda-feira, 12, no Rio, que sofre preconceito por ser mulher, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), acrescentou que as minorias não estão em risco porque acredita que o direito à igualdade previsto na Constituição será respeitado no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

"Eu não tenho posicionamento partidário para me posicionar politicamente. Como juíza e professora de Direito Constitucional, todas as pesquisas, tudo que eu vivo e as pessoas com quem convivo são (comprovam) que há sim preconceito, há direitos conquistados que a gente precisa fazer valer, permanentemente. O que digo é apenas que a Constituição há de ser aplicada", afirmou.

Na conferência, Cármen Lúcia disse não ser "boba" para não saber que há preconceito contra ela. "Há (preconceito) por ser juíza? Sim. Por ter chegado a uma determinada situação? Às vezes, muito mais. Mas eu não sou nem um pouco cega para não ver que em outros lugares em que mulheres que tiveram muito menos oportunidade também houve muito maior preconceito e que, muitas vezes, acontece isso porque as mulheres não reagem, até por conveniência", disse.

Ao ser perguntada sobre a ausência de representatividade feminina no futuro governo de Bolsonaro, ela respondeu que "só o próprio titular da equipe é capaz de dizer isso". Ela ainda negou que as minorias estejam em risco, porque a Constituição "está valendo e prevalecendo".

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