Dólar destoa do exterior e cai ante real ecoando promessa de BC independente

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O dólar perdeu força e passou a cair ante o real nesta quarta-feira, 17, destoando da persistente valorização da moeda americana no exterior e que conduziu o sinal positivo nos primeiros negócios locais.

O diretor de uma corretora, que não quer ser identificado, diz que o mercado precifica a declaração do candidato Jair Bolsonaro em entrevista ao SBT na terça-feira, 16, à noite. O candidato disse que, caso saia vitorioso no segundo turno, o BC será independente de qualquer influencia política, afirma o executivo.

Na mínima, o dólar novembro registrou R$ 3,7190 (-0,29%), e puxou o dólar à vista para baixo e a mínima em R$ 3,7158 (-0,17%).

Ao SBT, Bolsonaro (PSL) não apresentou detalhes sobre seus planos para um eventual futuro governo. Ele ressaltou ainda que não apoia a reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer e que deve fazer a reforma dele dentro de determinados limites. Também disse que quer o setor privado em projetos de infraestrutura, que "partirá para privatizações" e negou mais uma vez que aumentará impostos.

Mais cedo, a moeda subiu ante o real, após ter acumulado perdas de 1,43% nas últimas duas sessões anteriores no embalo de pesquisas indicando possível vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno da eleição presidencial, que acontece em 11 dias.

No mercado internacional, os investidores negociam a moeda americana em alta no período da manhã, em meio a um movimento de realização de ganhos recentes nas bolsas na Europa e futuros de Nova York. No radar estão a reunião de líderes europeus na Bélgica sobre o Brexit, como é conhecido o processo para a retirada do Reino Unido da União Europeia, e a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americana), ambos à tarde.

Na manhã desta quarta-feira, os investidores repercutem ainda os resultados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto, que subiu 0,47% na margem, acima da mediana das projeções do mercado (+0,25%), além do aumento da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de outubro para 1,43% (abaixo da mediana de 1,46%) ante alta de 1,20% em setembro.

Às 10 horas, o dólar à vista caía 0,21%, a R$ 3,7128. Em Nova York, a moeda americana estava a 112,27 ienes, de 112,24 ienes no fim da tarde de terça, o euro caía a US$ 1,1534, de US$ 1,1581 na terça, e a libra recuava a US$ 1,3115, de US$ 1,3191. O sinal positivo também predomina frente outras moedas emergentes e ligadas a commodities.

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