Juros futuros recuam, com aposta em Bolsonaro e exterior mais favorável

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O dólar continuou desacelerando o movimento de baixa na última hora de negócios, mas a perda de fôlego não afetou expressivamente o desempenho dos juros futuros, que terminaram a sessão regular desta segunda-feira, 15, em queda, que foi firme nos contratos de longo prazo. A devolução de prêmios esteve amparada durante todo o dia no ambiente mais favorável no exterior, onde as moedas de economias emergentes se valorizam ante o dólar e as curvas de juros têm alívio, e na perspectiva de vitória confortável do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, a partir do que têm mostrado as pesquisas de intenção de voto.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou a 7,56%, de 7,664% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 encerrou a 8,56%, de 8,734% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou com taxa de 9,86%, de 10,134% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 10,773% para 10,44%.

O mercado já abriu com taxas em queda, se alinhando à melhora de humor no cenário externo na sexta-feira quando não houve negócios no Brasil em função do feriado nacional. A trajetória de queda das taxas se consolidou ao longo do dia, na medida em que o dólar se firmava abaixo dos R$ 3,75, chegando aos R$ 3,7136 na mínima, e o rendimento dos Treasuries recuava, com a T-Note de dez anos negociada em torno dos 3,15% no fim da sessão regular.

"Foi uma devolução significativa de prêmios nesta ponta longa, mais até do que o esperado, em função de uma mistura de fatores: cenário eleitoral mais consolidado, sinalizando quadro favorável para andamento das reformas, e taxas de juros em movimento de queda global", resumiu o economista-chefe do DMI Group, Daniel Xavier. Na quinta-feira, será divulgada a pesquisa Datafolha.

A expectativa, diz, é que a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, a ser divulgada nesta noite de segunda-feira, 15, confirme a grande vantagem de Bolsonaro, "em torno de 15 pontos", sobre Fernando Haddad (PT). "É pouco provável que estas próximas pesquisas mostrem quadro diferente do que já temos visto", afirmou.

O time econômico do candidato do PSL acelerou os contatos com representantes das principais entidades do setor produtivo para a definição em conjunto de indicadores econômicos a serem perseguidos, entre eles os relacionados ao "Doing Business", ranking do Banco Mundial que analisa a cada ano as leis e regulações que facilitam ou dificultam as atividades das empresas em cada economia.

Às 16h31, o dólar à vista tinha queda de 1,01%, aos R$ 3,7381. Na bolsa, passado o exercício de opções sobre ações, o Ibovespa moderava os ganhos para 0,55%, aos 83.377,91 pontos.

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