Advogados de Lula vão enfrentar pedidos de impugnação com "fundamento da lei"

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Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, divulgaram na noite desta quarta-feira, 15, uma nota em que afirmam que "vão enfrentar com fundamento na lei" os pedidos de impugnação de registro do petista.

"Os advogados do ex-presidente Lula vão enfrentar com fundamento na lei os pedidos de impugnação do registro de sua candidatura presidencial, tanto os já apresentados como os que venham a ser apresentados à Justiça Eleitoral", diz a nota.

A procuradora-geral eleitoral (e também procuradora-geral da República), Raquel Dodge, decidiu nesta quarta contestar a candidatura ao Palácio do Planalto de Lula. O candidato a deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), líder do Movimento Brasil Livre (MBL), e o candidato a deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP), também entraram com ação no TSE para barrar a candidatura do ex-presidente.

Em relação à contestação na distribuição do processo de registro para o ministro Luís Roberto Barroso, os advogados de Lula informaram que não possuem "qualquer objeção" ao nome do vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"A manifestação técnica apresentada nesta quarta-feira apenas consignou dúvida em relação à prevenção do ministro Admar Gonzaga, com o único objetivo de evitar eventuais nulidades. O ministro Barroso nunca se pronunciou publicamente sobre o tema", diz a nota.

A contestação da relatoria com Barroso se deve à questão de "regularidade processual" - os advogados do PT acreditam que o registro deveria ter sido encaminhado diretamente ao ministro Admar Gonzaga, relator de ações do MBL e de Alexandre Frota que pedem a impugnação da candidatura de Lula.

Uma fonte ouvida reservadamente pela reportagem acredita que é uma contradição os pedidos de impugnação de Frota e do MBL terem sido encaminhados a Admar Gonzaga, enquanto o registro de Lula foi para Barroso.

Na avaliação de dirigentes petistas, a relatoria com Barroso é "péssima" porque o ministro seria linha-dura e sujeito à influência da opinião pública.

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