Dólar se ajusta em alta com comércio global e política no radar

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O dólar opera com alta moderada no mercado doméstico nesta segunda-feira, 23, após as fortes perdas na sexta-feira, 20, em reação ao apoio do Centrão ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). No fim de semana, no entanto, Alckmin já teve que administrar a primeira crise com o bloco partidário. Na sexta-feira, a moeda americana recuou 1,70%, para R$ 3,7768 no mercado à vista.

No radar dos investidores estão ainda os sinais mistos da moeda americana frente divisas principais e emergentes ligadas a commodities, além das quedas das bolsas europeias e a falta de tração dos futuros de Nova York em meio a expectativas por uma entrevista coletiva do presidente dos EUA, Donald Trump, (16h15), que deve tratar da guerra comercial e o embate com o Irã. Trump também receberá, na quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, na Casa Branca, para discutirem as relações comerciais.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou nesta segunda-feira que ameaças e intimidação nunca funcionarão para resolver divergências comerciais, referindo-se à declaração de Trump, na sexta-feira, de que estava pronto para tarifar todas as importações chinesas, se for necessário. O governo chinês ainda negou que usasse uma desvalorização do yuan como estratégia para impulsionar suas exportações e, nesta segunda-feira, promoveu uma valorização da moeda chinesa ante o dólar - pela primeira vez desde 11 de julho.

Já os preços do petróleo operam em alta, após a agência estatal do Irã ter minimizado mensagem de Trump com críticas ao líder iraniano, Hassan Rouhani. Uma graduada autoridade do Irã qualificou a ameaça como "guerra psicológica".

Nos EUA, foi divulgado que o índice de atividade nacional subiu 0,43 em junho, acima da previsão (0,40), mas não houve impacto na precificação do dólar. O Fed de Chicago também revisou o índice de maio de -0,15 para -0,45.

Na política local, depois da euforia do mercado na sexta, durante o fim de semana uma declaração no Twitter de Alckmin contra a volta da contribuição sindical causou atrito com o Centrão. O tucano se reuniu no domingo com o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade), que, na saída, colocou panos quentes e disse que o atrito estava resolvido. Eles discutiram a proposta do Centrão para o financiamento de centrais trabalhistas.

Às 9h26, o dólar à vista estava estável, aos R$ 3,7769, após abrir em alta e registrar máxima em R$ 3,7849 (+0,21%). Caiu pontualmente à mínima aos R$ 3,7724 (-0,12%). O dólar futuro de agosto subia 0,21%, aos R$ 3,7810, após ter oscilado da máxima a R$ 3,7890 (+0,41%) à mínima, aos R$ 3,7760 (+0,07%).

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