Alckmin quer apresentar agenda de reformas no 1º mês de governo caso seja eleito

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Pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin disse nesta segunda-feira, 23, que os formuladores do programa econômico de sua campanha estão trabalhando numa agenda de reformas a ser apresentada, caso seja eleito, já no primeiro mês de seu governo.

Ao participar de reunião com dirigentes da FecomercioSP, o tucano colocou a aprovação das reformas - entre elas, a previdenciária e tributária - como condição para o Brasil voltar a crescer de forma sustentável, e não cíclica. Ele considerou que o presidente precisa aproveitar o capital político e a legitimidade garantida por cerca de 60 milhões de votos para submeter as medidas estruturais à aprovação já no primeiro ano do mandato.

Questionado se a defesa das reformas retiraria votos na campanha ao Palácio do Planalto, Alckmin respondeu que conseguiu se reeleger governador de São Paulo mesmo tendo feito a reforma da Previdência no Estado. "Fiz a reforma em 2011 e não perdi a eleição. Tem que explicar e falar a verdade", declarou Alckmin, que considera que a reforma que muda as aposentadorias, já retirada da pauta da Câmara, foi mal explicada pelo governo federal.

"Primeiro mês, já em janeiro, tem que estar todas as reformas lá", disse Alckmin, acrescentando que o economista Pérsio Arida, formulador de seu programa econômico, tem trabalhado nesse objetivo. "É difícil fazer as reformas no último ano porque ai já está muito perto da eleição", comentou o tucano.

Alckmin citou entre as prioridades as reformas do Estado, com a privatização de empresas estatais, política, também já no primeiro ano de governo, e da previdência. "Não tem sentido ter um regime de Previdência ao setor privado e outro ao setor público", comentou.

Disse ainda que teve hoje uma reunião com Arida sobre como reduzir o custo de crédito. A receita passada pelo economista, segundo Alckmin, é aprovar o cadastro positivo, bem como uma lei geral de garantias, e promover uma maior competição entre os bancos. "Tem que pôr a economia do mercado a serviço do povo".

Alckmin fez ainda comentários sobre segurança pública, uma questão que, conforme classificou, é um "problemão" do País. A respeito do tema, resgatou a ideia, apresentada há cinco anos, de aumentar de três para oito anos a pena máxima a menores reincidentes que cometeram crimes graves, como homicídio. Cobrado a manifestar posição sobre o tema, disse também ser, por principio, contra a pena de morte. "O Estado não dá a vida a ninguém. Então, não faz sentido tirar".

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