Cerca de 2 mil juízes e procuradores da Justiça Federal e do Trabalho devem cruzar os braços nesta quinta-feira, 15, em protesto contra o fim do auxílio-moradia, segundo cálculos das associações envolvidas. Ao mesmo tempo, atos devem acontecer em doze Estados e no Distrito Federal.
Segundo a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a paralisação ocorre apenas na Justiça Federal e a Justiça do Trabalho, que operam em regime de plantão. No caso da Justiça do Trabalho, a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), informou que a paralisação afetou 699 varas de 1º grau, 44% do total em todo Brasil. Já os procuradores federais e do trabalho vão apenas apoiar os atos. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), maior entidade de juízes do País, comunicou ontem que não iria aderir ao movimento.
Sob coordenação da Ajufe, da Anamatra, da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), os manifestantes vão protestar "pela independência e pelas garantias constitucionais das categorias, e pela defesa da verdade, da isonomia e da dignidade remuneratória".
As manifestações foram marcadas após a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, pautar para o próximo dia 22 as ações que discutem o pagamento do extra a juízes. Entre as seis ações a serem julgadas na Corte máxima estão aquelas em que o ministro Luiz Fux concedeu liminares em 2014 para estender o auxílio-moradia a todos os magistrados.
O dia amanheceu com a realização de alguns protestos em pelo menos três capitais - Salvador (BA), São Luís (MA) e Fortaleza (CE). A maior parte das manifestações nas capitais e no Distrito Federal, no entanto, está marcada para começar às 14h30. Antes, às 13h30, representantes das entidades farão uma coletiva de imprensa em Brasília para falar sobre a paralisação.
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