Juros fecham em queda, em reação a data de julgamento de Lula, varejo e PSDB

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Os juros seguiram em queda até o fechamento da sessão regular, tendo reduzido um pouco durante a tarde o ritmo de baixa com que haviam encerrado a manhã desta quarta-feira, 13. A marcação da data de julgamento do recurso do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), para o final de janeiro, o fechamento de questão pelo PSDB em torno do apoio à reforma da Previdência e o resultado das vendas do varejo foram os principais vetores a trazer alívio aos prêmios na curva.

O destaque da agenda, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), às 17 horas, pegará o mercado de juros já na sessão estendida.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,94%, de 6,98% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2020 caiu de 8,31% para 8,28%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou em 9,26%, de 9,31%, e a do DI para janeiro de 2023 terminou a 10,19%, de 10,25%.

A data do julgamento de Lula tem produzido efeito positivo nos mercados domésticos desde o final da tarde de terça. Líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente em 2018, Lula foi sentenciado pelo juiz federal Sérgio Moro, na primeira instância, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Na avaliação do mercado, a marcação da data para janeiro mostra que o processo em segunda instância segue com celeridade, reforçando as apostas em nova condenação, o que pode inviabilizar sua candidatura no ano que vem.

Quanto à reforma da Previdência, o PSDB fechou nesta quarta questão a favor da proposta. O líder do partido na Câmara, Ricardo Tripoli (PSDB-SP), afirmou que a sigla já tem mais de 20 deputados favoráveis e que, com o fechamento de questão, alguns deputados "se sentirão mais confortáveis" para votar a favor.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou à tarde que decidirá entre esta quarta e a quinta-feira, 14, se pautará a votação no plenário da Casa na próxima semana e que a situação para aprovar a matéria é "bem melhor" do que antes.

Além da política, o mercado também reagiu à agenda doméstica. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou queda de 1,40% nas vendas do varejo ampliado em outubro, muito pior do que a mediana da estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, negativa em 0,20%, e perto do piso das expectativas (-1,70%).

O varejo restrito, com recuo de 0,90% nas vendas, também veio perto do piso das projeções, que iam de -1,00% a +1,20%, com mediana de +0,20%.

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