Bolsas de NY fecham mistas, com ganhos de bancos e petroleiras na véspera de CPI e ata do Fed

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As bolsas de Nova York fecharam mistas nesta terça-feira, 10, à medida que ganhos de bancos e petroleiras compensaram parcialmente a pressão sobre tecnologia. Investidores se posicionaram para as divulgações de inflação ao consumidor (CPI) e da ata do Federal Reserve (Fed), marcadas para amanhã.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,29%, a 3.3684,79 pontos; o S&P 500 teve variação praticamente estável e ficou em 4.108,94 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,43%, a 12.031,88 pontos.

Por desempenho setorial, bancos tiveram mais um pregão de destaque, diante do contínuo arrefecimento do estresse recente sobre a saúde de instituições regionais. Goldman Sachs avançou 0,74%, JPMorgan aumentou 0,49% e Citigroup se elevou 1,46%. A expectativa agora é para a temporada de balanços dessas empresas, que começa na próxima sexta-feira.

O papel da Boeing, por sua vez, se valorizou 0,73%, após a informação de que as entregas de aviões da empresa superaram as da Airbus no primeiro trimestre pela primeira vez desde 2018. Já Ford ganhou 1,26%, depois que a montadora anunciou investimento bilionário em fábrica de veículos elétricos no Canadá.

Entre as gigantes de energia, Chevron subiu 0,55%, na esteira do fortalecimento do petróleo. Exxon Mobil aumentou 0,71%, de olho nas especulações sobre movimentos de compras por parte da companhia.

Apesar do viés positivo dos negócios, incertezas persistem no horizonte de investidores. O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global este ano, de 2,9% a 2,8%. Para a entidade, as recentes turbulências bancárias amplificam os riscos em um cenário de aperto monetário.

Amanhã, o CPI e a ata do Fed devem fornecer mais direcionamento nas aposta para os juros. Hoje, o presidente da distrital do BC americano em Nova York, John Williams, disse considerar "razoável" a expectativa por mais uma alta de 25 pontos-base em maio. Já o líder da regional de Chicago, Austan Goolsbee, defendeu maior "prudência" na avaliação dos riscos de bancos e no impacto para a política monetária.

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