Carnaval de SP terá drones e policiais à paisana para combater golpe do Pix

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A Polícia Militar de São Paulo terá um efetivo de aproximadamente 14 mil agentes por dia durante as operações de carnaval no Estado, que começam já neste fim de semana, com ações voltadas à movimentação pré-folia. Este ano, o policiamento também conta com 168 drones e agentes à paisana para monitorar "comportamentos suspeitos" e falsos ambulantes aplicando "golpes do Pix" e "da maquininha".

Quem se aventurar por algum dos 35 megablocos na capital também precisará passar por uma revista antes de conseguir acesso. Será proibida a entrada com garrafas de vidro e objetos pontiagudos ou cortantes. Essas ações, entretanto, serão feitas por empresa de segurança terceirizadas, mas com o apoio dos policiais.

A expectativa da Polícia Militar é de que ao menos 15 milhões de pessoas compareçam à folia na capital, considerada "o maior carnaval do País" em números de foliões, de acordo com a corporação. Outros 7 milhões são esperados para a faixa litorânea. "Quase a população da cidade do Rio. Não é uma demanda simples, mas estamos coordenados", disse o coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante-geral da PM, nesta quinta-feira, 9.

Ele afirma que a média será de quase 14 mil policiais trabalhando por dia de carnaval, maior efetivo que o Estado designou para a folia. Em 2020, por exemplo, último ano em que o feriado foi oficialmente celebrado, esse total não chegava a 10 mil . A quantidade de drones usados naquela época também era de apenas 50.

Um dos focos será o roubo com motocicletas, além do direcionamento no combate a "crimes ultraviolentos", como o cerco a cidades e explosões de caixas eletrônicos. Segundo o coronel, equipes de inteligência também estarão espalhadas à paisana pelos blocos para observar tentativas de golpes do Pix ou "da maquininha", ambos já frequentes no fim do ano passado e início deste.

"Não vou entrar em muitos detalhes, mas nosso pessoal de inteligência estará todo em campo para fazer um policiamento velado, observando e indo checar esses locais e pessoas, que fingem ser ambulantes e acabam enganando as pessoas", disse o coronel, afirmando que já foram identificados suspeitos agindo tanto em quadrilhas como de forma individual.

Ainda na última semana, a Polícia Militar deu início à Operação Impacto-Adaga, mirando suspeitos que já eram procurados com mandado de prisão por roubo ou furto no Estado. Até a quarta, a ação coordenada gerou um saldo de 854 prisões e 10 toneladas de drogas apreendidas, o que o comandante-geral acredita ser capaz de "impactar positivamente nos números de segurança do carnaval".

"Estamos direcionando nosso patrulhamento, com antecedência, antes de chegar o carnaval. Acredito muito que isso vá se desdobrar em uma diminuição dos crimes de roubo e furto, ou até mesmo estelionato", disse o coronel Freitas. Outro desdobramento disso é a divisão da Operação Carnaval em três fases, que englobam o próximo fim de semana de pré-folia (11 e 12/2), os dias oficiais do feriado (17 a 21/2) e a semana seguinte (25 e 26/2).

Já no sábado, será montado um gabinete de crise com agentes da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, da Prefeitura, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), da SPTrans e de outros órgãos dos governos municipal e estadual. "Todo mundo que está em condições vai estar nas ruas trabalhando. É talvez uma das maiores operações que realizamos aqui", disse o comandante-geral.

A Operação Carnaval também terá pela primeira vez uma parceria com o Corpo de Bombeiros para ajudar no policiamento ambiental nas áreas rurais do Estado. Continua ainda o patrulhamento da malha rodoviária do Estado, além de agentes focados especificamente em cidades do interior, do litoral e de instâncias turísticas.

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