Professor é decapitado na França; caso é investigado como terrorismo

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Um professor de História foi decapitado na tarde desta sexta-feira, 16, perto de Paris. Segundo a Procuradoria Nacional Antiterrorista, que investiga o caso, o suspeito foi morto a tiros. A vítima recebeu ameaças após mostrar caricaturas de Maomé para seus alunos do ensino médio em uma aula sobre liberdade de expressão.

O promotor antiterror francês abriu uma investigação por "assassinato em conexão com uma empreitada terrorista".

O brutal assassinato do professor ocorreu na cidade de Conflans-Sainte-Honorine e o suspeito foi morto pela polícia na vizinha Eragny. As cidades estão localizadas na região de Val d'Oise, a noroeste de Paris.

Um oficial da polícia disse que o suspeito, armado com uma faca e uma arma de airsoft - que dispara pellets de plástico - foi morto a tiros a cerca de 600 metros de onde o professor foi morto após ele não respondeu às ordens para abaixar os braços.

O professor havia recebido ameaças após abrir um debate sobre as caricaturas há cerca de 10 dias, disse o policial à Associated Press. O pai de um aluno apresentou queixa contra o professor, disse outro policial, acrescentando que o suposto assassino não tinha filhos na escola. A identidade do suspeito não foi divulgada.

O presidente Emmanuel Macron visitará Conflans-Sainte-Honorine nesta noite, segundo a presidência.

Charlie Hebdo

Foi o segundo incidente relacionado ao terrorismo desde a abertura de um julgamento em andamento sobre o massacre da redação em janeiro de 2015 no jornal satírico Charlie Hebdo, após a publicação de caricaturas do profeta do Islã.

No início do julgamento, o jornal republicou caricaturas do profeta para enfatizar o direito à liberdade de expressão. Há exatamente três semanas, um jovem paquistanês foi preso depois de esfaquear, em frente aos antigos escritórios do jornal, duas pessoas que sofreram ferimentos leves. O jovem de 18 anos disse à polícia que estava chateado com a publicação das caricaturas.

O incidente ocorreu enquanto o governo de Macron estava trabalhando em um projeto de lei para lidar com radicais islâmicos, que as autoridades afirmam estar criando uma sociedade paralela fora dos valores da República Francesa.

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