'Hanna' traz adolescentes que descartam os estereótipos femininos

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A primeira temporada de Hanna, que estreou no ano passado, ainda tinha uma ou duas coisas do longa de mesmo nome, dirigido por Joe Wright em 2011 e escrito pelo mesmo David Farr que criou a série. Mas para os novos oito episódios, que já estão disponíveis na Amazon Prime Video, o roteirista tinha uma página em branco. "Era um território novo, com material original", disse Farr em entrevista ao Estadão. E isso inclui um time de adolescentes assassinas em fase de descoberta de sua identidade e as implicações políticas do uso dessas trainees.

Hanna (Esme Creed-Miles, filha da atriz Samantha Morton), uma jovem criada na floresta e treinada para se defender, agora está sozinha. Erik (Joel Kinnaman), o homem que dizia ser seu pai, mas na verdade tinha resgatado Hanna ainda bebê das garras da organização Utrax, está morto. A garota também descobriu o destino que a esperava na Utrax: fazer parte de um time de meninas treinadas para serem armas letais. Ela conseguiu resgatar uma delas, Clara (Yasmin Monet Prince). Na segunda temporada, esse grupo de assassinas está no centro da trama. "Quem são?" e "Como serão usadas?" são duas das perguntas que a temporada promete responder. "Hanna começa a questionar se de repente aquela é sua verdadeira família, que talvez ela não deveria ter sido tirada dali, que é o único grupo ao qual pode pertencer. Ou que talvez deveria ficar sozinha e se rebelar contra o sistema", disse Farr. "E tudo isso em meio ao luto pela perda de sua figura paterna."

Farr, que se inspirou nas suas filhas para escrever uma história protagonizada por uma menina, quis subverter um pouco o gênero tendo um grupo inteiro de assassinas. "Politicamente, é muito libertador", disse. "Não quer dizer que elas estejam fazendo algo certo. Mas do ponto de vista da história é muito mais inesperado ter uma jovem universitária que é uma assassina. As chances de ficar fora do radar são maiores. Ou seja, a Utrax é bem esperta. Mas também é quase como explorar a cultura misógina em que as mulheres só podem ser vítimas. Normalmente, em filmes e séries de gângsteres ou espiões, o agente é um homem. E é tempo de mudar isso, porque não faz sentido."

Hanna, Clara e as outras garotas não são as únicas personagens femininas complexas da série. A agente da CIA Marissa Wiegler (Mireille Enos), que perseguiu Hanna a primeira temporada inteira, acabou deixando a menina e Erik fugirem, de propósito. E, então, Marissa passou a proteger Hanna. "Essa escolha é estranha e curiosa até mesmo para ela, que decide seguir um passo de cada vez", disse a atriz Mireille Enos. Agora, ela precisa tentar manter sua posição na agência, sem cair em desgraça com seu chefe, John Carmichael (Dermot Mulroney, uma das novidades do elenco), enquanto tenta ajudar Hanna. Entre os novos personagens está Terri Miller (Cherrelle Skeete), encarregada de interagir com as recrutas, que agora se preparam para sair no mundo, com novas identidades e perfis nas redes sociais. "Eu achei interessante explorar isso porque os jovens da vida real também estão criando identidades online", disse Farr. "E é algo difícil de lidar."

Sendo um homem, David Farr tomou certos cuidados para retratar essas mulheres. A equipe de cenas de dublês criou cenas de ação que não transformam as lutas entre as meninas em fetiche. "Logo depois do filme Hanna, saíram uns quatro ou cinco longas com mulheres assassinas que estavam sempre em roupas colantes.
Elas eram boas de tiro e de luta, mas eram objetificadas do mesmo jeito", disse. "Quero que Hanna seja um ícone como Clint Eastwood é nos faroestes. Só estamos interessados na sua aparência quando ela faz suas escolhas, de acordo com sua identidade." Não raramente, as personagens estão em jeans e moletons. Por isso, mais ainda do que na primeira temporada, ele escalou mulheres como diretoras e para o time de roteiristas. "Não tenho dúvidas de que suas vozes estão refletidas fortemente nesta temporada", disse Farr.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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